sábado, 7 de setembro de 2013

Projeto pessoal



O corpo como objeto de experiencias. 


A partir desse post irei mostrar o meu projeto pessoal desenvolvido ao longo do período nas aulas de Foto II. 

 Nessa série fotográfica que apresentarei utilizei o corpo como objeto de experiências.
Procuro abordar a questão do indivíduo enquanto sujeito contemporâneo, o qual presume-se livre, mas sente-se enclausurado em seus próprios limites. Sabe que tem um rosto, porém, massificado, sente sua imagem ser diluída em uma urbe social, que padroniza sua identidade. Suas feições tornaram-se veladas como tantas outras. Seu corpo, ainda que insista em se movimentar, não pode fazer muito contra as grades que lhe oprimem.

As fotos foram feitas em locais que pareçam estar abandonados e sombrios, transmitindo melancolia e solidão. A intenção é estabelecer um diálogo com o ambiente, e ao mesmo tempo causar um certo estranhamento ao espectador.

Nas fotografias eu utilizo da baixa velocidade para fazer com que o rosto e/ou o corpo quase que desapareça, ao mesmo tempo que se funde com o ambiente, tornando-se quase que uma memória.
O corpo, então, parece clamar por liberdade, nos transmitindo uma sensação de claustrofobia e desespero. 






































terça-feira, 20 de agosto de 2013

Artista fotografo que dialoga com meu trabalho.

O próximo desafio proposto a nós na aula de Foto 2 foi de escolhermos um artista fotografo que dialogasse com o nosso trabalho. A minha artista acabei achando por acaso, por que até então não a conhecia. Quando conheci o trabalho dela vi que dialogava bastante com o meu.

A artista é Francesca Woodman. O que me chamou atenção em suas fotografias e me levou a conhece-la foi o fato delas serem muito intrigantes e profundas, sempre em preto e branco, em cenários melancólicos, sombrios ou até mesmo como se estivessem abandonado. Francesca teve uma vida relativamente curta,cometeu suicídio aos 22 anos de idade.

BIOGRAFIA


Filha e irmã de artistas, Francesca nasceu em 03/04/1958 em Denver (Colorado - EUA). Começou a fotografar aos 13 anos, e logo adotou como padrão a utilização de filmes em preto e branco. Aos 17, ingressou na Rhode Island School of Design (RISD). 


Algum tempo após seu ingresso na RISD, ela foi contemplada com o Programa de Honra da instituição - o que lhe permitiu estudar em Roma por um ano. Durante o período em que esteve na Itália (1977-78), Francesca costumava frequentar a livraria e galeria Maldoror, especializada em livros de arte surrealista e futurista. Foi lá que ocorreu sua primeira exposição individual, e foi também o local onde ela começou a manter contato com um jovem grupo de artistas, que ficaria conhecido como a nova geração da Roman Transavanguardia

Após voltar aos Estados Unidos e concluir seus estudos na RISD, Woodman se mudou para Nova York. Na tentativa de seguir adiante com sua carreira, ela enviou portfólios a vários fotógrafos de moda, mas não obteve nenhum retorno. 

No verão de 1980, ela passou a ser uma artista residente da MacDowell Colony, em Peterborough (New Hampshire - EUA). No final daquele mesmo ano, ela cairia numa profunda depressão, causada pelo desapontamento com sua carreira fotográfica e pelo fim de um relacionamento amoroso. 

Em 19/01/1981, Francesca Woodman pulou da janela de seu apartamento em Nova York. Seu primeiro livro ("Disordered Interior Geometrie") havia acabado de ser publicado, cerca de uma semana antes de sua morte.



TRABALHOS

Francesca Woodman utiliza a própria imagem ou de modelos femininos, geralmente nus. Uma característica bem marcante em  seu trabalho é a utilização da baixa velocidade,  fazendo com que o corpo do modelo ou o rosto quase que desapareça, e ao mesmo tempo se funde com o ambiente.  Segue alguns trabalhos da artista.




























DESAFIO DA SEMANA: Fazer uma foto que fique parecida com a da minha artista.


Um desafio e tanto não? Pois bem, eu tentei,  fiz a minha foto, e o resultado foi esse:











Até a próxima. 

Fernanda.





Fotografia e o campo ampliado.

A discussão na terceira aula de Foto II girou em torno do texto de Rosalind Krauss  A escultura no campo ampliado.

Rosalind Krauss, em seu texto  publicado originalmente em 1979 pela revista October, propõe uma nova abordagem do espaço que ultrapassa radicalmente os limites da noção tradicional da escultura na produção artística tridimensional, como marco da passagem para a pós-modernidade. 

Abriu-se um novo campo de exploração,a partir de então, característico da produção escultórica modernista. Há a perda do lugar do monumento que absorve o pedestal para si e transforma-se em um marco sem lugar fixo, de significado e função variáveis. O monumento adquiriu neste momento, como define a autora, uma “condição negativa” .

“A respeito dos trabalhos encontrados no início dos anos 60, seria mais apropriado dizer que a escultura estava na categoria de terra-de-ninguém: era tudo aquilo que estava sobre ou em frente a um prédio que não era prédio, ou estava na paisagem que não era paisagem.” .

“... a escultura assumiu sua total condição de lógica inversa para se tornar pura negatividade,... deixou de ser algo positivo para se transformar na categoria resultante da soma da não-paisagem com a não-arquitetura ”.

Este campo de exploração da escultura esgota-se por volta de 1950. A partir do final dos anos 60 os escultores voltam suas produções para os limites externos destas “não” categorias que encaradas em seus opostos, recuperam sua forma positiva. A não-arquitetura é a paisagem e a não-paisagem é arquitetura .

As noções de paisagem e arquitetura se aproximam: “Labirintos e trilhas são ao mesmo tempo paisagem e arquitetura ”. Isto obriga a repensar o significado e a abrangência do termo escultura já que os lugares destinados a rituais nas antigas civilizações e os jardins japoneses, neste caso, também deveriam no passado ter sido incluídos nesta categoria. A não inclusão destaca a diferença entre as duas formas de produção. O termo escultura caracteriza um determinado tipo de expressão tridimensional que não deveria incluir os labirintos, e as trilhas, do mesmo modo que não incluíram os jardins japoneses e os locais de praticas de rituais.

A autora chama de campo ampliado a noção de espacialidade utilizada na produção artística, culturalmente já praticada no passado, porém inovadora dentro do campo da arte. Ela vê este momento como um ponto de virada no qual o modernismo, com a práxis definida pelo meio de expressão, é deixado para trás. Inicia-se o pós-modernismo interessado nas operações lógicas que incorporam a mescla de diversos meios .

No final dos anos 60 a combinação de paisagem e não-paisagem é muito utilizada pelos artistas. O termo site specific passa a ser empregado para classificar produções como a Spiral Jetty (1970) de Smithson, produções de outros artistas tais como Serra, Morris, Carl Andre e Christo. Os primeiros a se interessar pelo binômio arquitetura / não-arquitetura foram Robert Irwin, Sol LeWitt, Bruce Nauman, Richard Serra e Christo. A exploração do campo ampliado na passagem para o pós-modernismo trouxe uma ruptura tanto das práticas artísticas quanto dos meios de expressão .

Enquanto a escultura atuava no campo da representação e por isto necessitava impor uma distância entre ela e o público, sujeito e objeto não compartilhavam do mesmo espaço. O sujeito estava fora da obra. Já, no final dos anos 60, a necessidade de incluir-se dentro do trabalho de modo a experimentar uma vivência ao invés de permanecer no nível da representação, aproxima o indivíduo do espaço e da obra. Desde então, jardins japoneses e locais destinados a rituais passam a pertencer à mesma categoria ocupada pelas trilhas e labirintos apontados por Rosalind Krauss. Isto propicia uma multiplicação de instalações e vivências interativas com o público. 

 Depois de toda a discussão em torno desse texto o desafio da semana foi de fazer uma foto no campo ampliado. Bom, um desafio e tanto. A foto que acabei levando, e mostrarei aqui, não teve a ver com o campo ampliado. Pois campo ampliado é todo o trabalho artístico que tem várias linguagens, ou mais de uma linguagem. Exemplo: O que seria da Spiral Jetty (1970) de Smithson sem a fotografia? Nessa obra podemos ver mais de uma linguagem, pois Smithson utiliza-se de site-specific e da fotografia para registrar do alto e termos a noção da obra : 

Spiral Jetty from atop Rozel Point, in mid-April 2005.



  A foto que levei teve a ver com o trabalho que já estava pensando em desenvolver a 2 semanas antes. Ainda era um embrião, mas acabou ficando da forma que eu queria. Levei essa  pois era a minha proposta de trabalhar até o fim do período e eu já estava começando a montar um conceito em cima disso, e também  confesso que não consegui fazer uma foto no campo ampliado.  :( 







A minha intenção inicial é passar uma certa agonia/aflição para quem esta observando as minhas fotos. Geralmente uso baixa velocidade e faço com que o rosto da modelo fique desfocado ou meio encoberto, de modo que não der para identifica- la muito bem. Bom, começara aqui a nascer meu trabalho de fotografia. A partir daqui começarei a postar mais trabalhos e todo o conceito dele.

Até a próxima.

Fernanda.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Disciplina foto

Na segunda aula de fotografia a proposta da professora era que levássemos uma foto de algo que gostássemos, que nos identificasse. Depois de muito pensar a minha decisão foi de levar uma foto dos meus filhos. 

A minha intenção foi de fazer uma foto com eles que passasse uma certa magia, encantamento, além de tentar fazer com que o momento ficasse o mais espontâneo possível. 

Por coincidência  ou não, eles  resolveram "brincar" com a lanterna do meu celular, eu vendo toda aquela cena imaginei na hora a foto que levaria para a aula de fotografia. Então  aumentei o ISO, diminui a velocidade, apaguei a luz do quarto, apoiei a câmera em mim e deixei que eles ficassem sentadinhos em cima da cama de frente um ao outro observando a lanterna do celular.  E eis aqui o resultado:




Ficou do jeito que eu queria, a minha menina como se estivesse mostrando algo "mágico" a ele, encantando-o e o deixando surpreso. 

Com essa imagem consegui mostrar um pouco da relação dos dois. Ela, a irmã protetora que tem grande ternura por ele e sempre quer mostrar algo novo. E ele o irmão que confia acima de tudo na irmã e esta pronto para fazer o que ela pedir. Apesar de serem novos, os dois mostram uma grande cumplicidade e apego um pelo o outro. Um amor muito forte e bonito de se ver, um amor de irmãos.

Até mais.

Fernanda.  
  

domingo, 18 de agosto de 2013

Objetivo.

 Sou aluna do curso de Artes Visuais, da Universidade Federal do Espírito Santo. O objetivo desse blog é mostrar um pouco do meu trabalho no campo da fotografia.

Estou cursando esse semestre a disciplina Foto II, com a professora doutora Larissa Zanin, postarei aqui no blog o desenvolvimento da disciplina, bem como as fotos que foram produzidas ao longo do período. 

Abraços


Fernanda Vazzoler.